Piracicaba, 22 – Um forte impacto da pandemia de coronavírus no Brasil foi a valorização do dólar frente ao Real – o que, por sua vez, inflacionou os custos de produção da bataticultura nacional, já que encareceu os valores de importantes insumos da atividade e de máquinas e implementos agrícolas. Como destacado na edição de outubro da revista Hortifruti Brasil, o maior efeito do dólar foi observado para a safra das águas 2020/21, visto que os insumos, máquinas e implementos agrícolas já foram reajustados integralmente pela valorização da moeda norte-americana.
Assim, a previsão é de reajuste de 6,7% no custo total de produção por hectare na temporada 2020/21 frente a 2019/20. Na safra das secas/inverno 2020, o repasse da alta do dólar foi menor e dependeu muito do calendário de compra de insumos do produtor e das condições da negociação.
No geral, observou-se que os preços dos defensivos não aumentaram na mesma proporção que os fertilizantes – ao contrário, alguns desses valores foram até inferiores aos observados em 2019. Mesmo no caso dos fertilizantes, o momento da aquisição foi crucial para a determinação dos preços e, consequentemente, do custo de produção.
Na temporada de inverno 2020, as estimativas para a região de Vargem Grande do Sul (SP) são de altas de 6,5% dos custos totais de mesa para média escala de produção e de 5,4% para a grande escala. Além do dólar, a mudança do peso da saca comercializada – de 50 kg para 25 kg – também elevou os custos, já que é pequena a diferença entre os preços.
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Fonte: hfbrasil.org.br