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Alface
Fevereiro 26, 2024
HORTIFRUTI/CEPEA: Efeitos do El Niño no desenvolvimento das hortaliças no verão 2023/24
Cenário climático refletiu na produção das principais hortaliças

Por Hortifruti Brasil
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HORTIFRUTI/CEPEA: Efeitos do El Niño no desenvolvimento das hortaliças no verão 2023/24 Ver fotos

Piracicaba, 26 - Saiba os principais impactos do El Niño na produção das hortaliças acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea:

CEBOLA: A safra sulista de 2023/24 foi impactada pelas chuvas volumosas em outubro e no início de novembro. Mesmo com períodos de estiagem em dezembro, as cebolas colhidas seguem apresentando baixo potencial de estoque no começo de 2024, com podridão e má formação da casca e umidade dentro dos bulbos. Já  no Nordeste, houve momentos de calor excessivo, que geraram perdas de calibre por conta do processo de bulbificação, pois o calor antecipa a formação da cebola. Além disso, a região nordestina contou com bons índices pluviométricos entre o fim de dezembro/23 e o início de janeiro/24, que abasteceram os reservatórios, que, por sua vez, estavam em níveis críticos.

CENOURA: Em dezembro e janeiro, o calor excessivo em São Gotardo (MG) e em Cristalina (GO) deu lugar às chuvas, que prejudicaram o manejo, impediram a entrada de maquinário nas roças e atrasaram plantio e colheita. Em Caxias do Sul (RS), a chuva afetou a qualidade das raízes, causando apodrecimento ainda no solo e reduzindo a oferta, que deve ter janelas de plantio e oferta em fevereiro e março/24.

ALFACE: O Sudeste foi impactado pelas precipitações em outubro e novembro. Chuvas isoladas reduziram a oferta de alface, e parte foi perdida ainda nas roças por conta de o material genético plantado ter baixa resistência a altas umidades – o clima chuvoso pegou produtores de surpresa. No fim de dezembro e no início de janeiro, o tempo mais quente e seco melhorou a produtividade. Janeiro e fevereiro, meses em que normalmente ocorrem mais perdas nas roças diante da umidade, vem registrando clima adequado para o desenvolvimento dos pés.

TOMATE: As chuvas entre setembro e novembro/23 prejudicaram as primeiras áreas cultivadas no Rio Grande do Sul, afetando qualidade e produtividade e causando perdas no campo. Contudo, com o clima mais seco a partir de dezembro, os resultados no campo melhoraram. Nas demais praças sulistas, o cenário foi parecido, porém, com chuvas menos intensas. Em Caçador (SC), a umidade não prejudicou muito a produção, já que os plantios tiveram início posterior ao observado RS. No Sudeste, as chuvas também ocorreram com intensidade ligeiramente maior no início dos plantios, prejudicando um pouco a qualidade e a produtividade das primeiras pencas colhidas. No entanto, o que predominou de fato foi o clima mais seco desde dezembro, que favoreceu desenvolvimento da cultura. Em Itapeva (SP), por exemplo, a produtividade está superior ao histórico na safra 2023/24, graças ao clima menos chuvoso.

BATATA: As chuvas no Sul entre setembro e novembro/23 prejudicaram a produtividade e a qualidade das batatas que foram colhidas até janeiro/24. Houve também atraso no plantio, resultando em menor oferta em janeiro, que deve ser deslocada para fevereiro e uma parte para março. Em Minas Gerais, o clima na maior parte da safra das águas está mais seco, contribuindo para bons resultados no campo.

Para saber mais sobre o cenário climático de 2023/24, e seus impactos na produção de HF, acesse a edição de fevereiro da Revista Hortifruti Brasil.

Fonte: hfbrasil.org.br

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