Piracicaba, 15 – O fenômeno climático El Niño, que se iniciou no ano passado, tem resultado em temperaturas mais elevadas em boa parte do Brasil – apesar de sua intensidade ter sido classificada como moderada –, e tem sido a variável mais generalizada e impactante de norte a sul da cadeia dos hortifrútis. Os termômetros acima da média para a época refletiram diretamente no calendário de plantio, na produtividade e qualidade das frutas e hortaliças e, consequentemente, nos bolsos do produtor e do consumidor.
A intensidade dos impactos do El Niño dependeu do regime de chuvas em determinada região e ciclo da cultura, com efeitos mais marcantes no segundo semestre de 2023. Os estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina foram bastante afetados pela má distribuição das chuvas; porém, desde janeiro de 2024, o fenômeno vem se enfraquecendo nesses locais. No Centro-Oeste, voltou a chover com regularidade no primeiro mês deste ano, trazendo alívio para produtores.
Os efeitos climáticos e seus impactos na produção e nos preços das frutas e hortaliças são avaliados na edição de fevereiro pelo professor de Agrometeorologia da Esalq/USP, Fábio Marin, que traz também uma previsão do que está por vir em 2024.
ATENÇÃO! 2024 é um ano dos ENOS. Após o El Niño, o clima se inverte e, no segundo semestre de 2024, estaremos sob a influência do La Niña. Assim, as regiões que tiveram muitas chuvas em 2023 devem registrar volume menor de precipitações, enquanto o clima pode ser mais chuvoso no Nordeste.
Fonte: hfbrasil.org.br