Piracicaba, 24 – O consumo de batata processada no Brasil vem crescendo de forma robusta nos últimos 20 anos, impulsionado pela mudança de hábitos alimentares da população brasileira (que prefere alimentos processados e que tenham preparo cada vez mais rápido) e pelo maior gasto com refeições fora do lar, principalmente em redes de fast food, onde a batata palito é a coadjuvante perfeita dos sanduíches.
A batata palito, no formato de pré-frita, agiliza o trabalho nas cozinhas industriais (e também nos lares). Até 2006, boa parte da batata congelada pré-frita consumida no Brasil era importada. A partir de então, plantas processadoras nacionais começaram a competir também com o produto importado.
Atualmente, estimativas do Hortifruti/Cepea apontam que cerca de 35% das batatas comercializadas no País já são na forma processada (principalmente palito e chips). Convertendo esse consumo em equivalente de área, o Hortifruti/Cepea estima que o mercado de processados tem 43 mil hectares do tubérculo em 2017 (dados preliminares). Destes, cerca de 20 mil hectares seriam cultivados no Brasil e, o restante, é importado, principalmente da Argentina e da Europa.
Em 2012, primeiro ano em que o Hortifruti/Cepea estimou, separadamente, a área industrial do segmento in natura, a indústria nacional apresentava área de 11 mil hectares e importava o equivalente a 15,5 mil hectares. Esses números mostram que houve aumento do consumo geral de batata processada no País e a indústria nacional avançou mais que as importações entre 2012 e 2017.
Todas essas estatísticas mostram que o segmento industrial é capaz de dinamizar a cadeia produtiva dos hortifrutícolas. Se o foco continuasse apenas no segmento fresco, era provável que o setor apresentasse queda na área e recuo na renda gerada pela cadeia, dado o baixo valor agregado da batata in natura. Assim, o setor da batata ganha valor e cresce, graças, em grande parte, ao segmento industrial. A boa notícia é que as projeções indicam que o consumo do tubérculo processado deve continuar crescendo.
Estas e outras informações estão na edição de outubro da revista Hortifruti Brasil. Confira o conteúdo completo, aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br