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Melancia
Fevereiro 28, 2022
HORTIFRUTI/CEPEA: Impactos das chuvas no Sudeste
Região também está registrando maior umidade neste verão

Por Hortifruti Brasil
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  • MANGA: As áreas de Monte Alto/Taquaritinga (SP) foram muito prejudicadas pela seca dos últimos dois anos, cenário que vinha restringindo a produtividade. Assim, as frequentes precipitações desde o final de 2021 não vieram em tempo de resultar em uma recuperação no rendimento dos pomares que já estão em ciclo final de colheita. As chuvas em maior volume também acentuaram os problemas fitossanitários, sobretudo os relacionados à bacteriose (essa doença não tem cura, mas é amenizada em períodos mais secos).

 

  • CITROS: Após praticamente dois anos de chuvas abaixo da média no cinturão citrícola de São Paulo e do Triângulo Mineiro, as precipitações mais frequentes desde meados de novembro foram muito bem-vindas nas áreas de citros, que estavam no estágio de crescimento dos frutos de 2022/23.

 

  • MELANCIA: As chuvas chegaram mais ao fim da safra principal 2021/22 de melancia, mas ainda foram benéficas às lavouras. Produtores conseguiram prolongar um pouco a colheita, que seria encerrada em dezembro, mas continuou até meados de janeiro. A frequência da irrigação também foi reduzida, amenizando a alta dos custos de produção.

 

  • CEBOLA: O clima tende a ter maior impacto sobre a cultura de cebola do Sudeste a partir de fevereiro, quando o semeio começa a se intensificar na região. Quanto ao Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, produtores que pretendiam plantar em janeiro foram impossibilitados de realizar as atividades, devido ao elevado volume de chuvas.

 

  • CENOURA: No Triângulo Mineiro, principal região produtora de cenoura, as chuvas fortes no início do ano prejudicaram a colheita, o desenvolvimento e o plantio das raízes. Esse cenário de chuvas tende a influenciar a safra de verão como um todo, restringindo a oferta de cenouras nesta temporada. Como o semeio também é limitado pelas precipitações, o calendário de plantio deve se alterar.

 

  • ALFACE: Entre dezembro/21 e janeiro/22, a safra de verão foi fortemente prejudicada pelo elevado volume pluviométrico nas três principais regiões produtoras de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Além do aumento dos descartes, o clima úmido elevou a incidência de doenças (bactérias e fungos), intensificando a necessidade de tratamentos fitossanitários.

 

  • TOMATE: O elevado volume de chuva em Itapeva (SP) e em Venda Nova do Imigrante (ES) causou manchas nos tomates e alguns frutos rachados, além de maior incidência de doenças, perdas e descartes. Em Paty do Alferes (RJ), a chuva limitou a produtividade e casou manchas e trincas nos últimos tomates ponteiros. Em Nova Friburgo (RJ), foram registrados manchas e cancro bacteriano – nas áreas mais altas, as perdas de produtividade decorrentes das chuvas chegaram a 20%. Em Carmópolis de Minas (MG), as precipitações aumentaram a partir de dezembro, causando atraso dos plantios (em cerda de um mês), manchas nos frutos e problemas fitossanitários, como bactérias. As chuvas reduziram a pressão de pragas, mas a presença da mosca minadora foi elevada.

 

  • BATATA: O excesso de chuvas no Sudeste vem causando perdas de produtividade e de qualidade e aumento nos gastos com insumos para os tratos culturais.

 

  • BANANA: No Norte de Minas Gerais, as chuvas acarretaram em problemas de drenagem e em dificuldade dos transportes internos (colheita) e externos (logística para venda). Além disso, o clima úmido elevou a proliferação de fungos, como ferrugem e manchas pretas, que debilitaram a qualidade da fruta. Produtores relataram que, caso a região não estivesse em entressafra, os impactos poderiam ser maiores.

 

  • MAMÃO: No norte do Espírito Santo e no norte de Minas Gerais, alagamentos levaram algumas lavouras à morte. Além disso, foram registradas podridões nas raízes e doenças fúngicas, que atrapalharam a comercialização do fruto. Destaca-se que, enquanto as cotações do formosa foram pressionadas pelos problemas de qualidade da fruta, os preços do havaí subiram, devido à forte diminuição na oferta.

 

Para saber mais sobre os impactos do clima nas outras regiões, acesse a edição de fevereiro da revista Hortifruti Brasil clicando aqui.

 

Fonte: hfbrasil.org.br

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