Piracicaba, 12 – Apesar de o Brasil ser um grande produtor mundial de banana, as exportações correspondem a 1% do total produzido no País, segundo a Secex e o IBGE (2018). Dessa pequena parcela, 13% das frutas foram embarcadas para a União Europeia e 43% ao Mercosul em 2018.
Enquanto Santa Catarina é responsável por abastecer o mercado sul-americano, o Rio Grande do Norte e o Ceará são responsáveis pelos envios à Europa. Foram nos estados nordestinos em que as grandes multinacionais se instalaram, com boa tecnologia de produção. Além do mercado externo, estas empresas atendem à demanda doméstica, principalmente no inverno (quando as bananas do Sul e do Sudeste estão com baixa qualidade).
Embora o Brasil envie pouco volume ao bloco europeu, o acordo deve favorecer as exportações brasileiras de banana, à medida que a competitividade da fruta cresce com a diminuição de tarifas. A aliança prevê a redução da alíquota (de 114 euros/t para 75 euros/t), se aproximando do valor imposto aos principais concorrentes, como Equador, Costa Rica e Colômbia.
Vale ressaltar que esse valor de 114 euros/t imposto à banana nacional já vinha de uma redução acordada no fim de 2009, quando a UE diminuiu gradativamente tarifas a membros da OMC (Organização Mundial do Comércio). A menor taxa aos países andinos e da América Central, por sua vez, está relacionada a pactos realizados em 2013 e 2017 – neste ano, a tarifa está em 82 euros/t e, em 2020, deve cair para 75 euros/t.
Atender ao possível aumento da demanda europeia pela banana brasileira vai depender, no entanto, da eficiência da produção nacional, que passa por entraves. Saiba quais, na edição de novembro da revista Hortifruti Brasil, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br