Piracicaba, 28 – O Brasil exporta maçãs frescas para a União Europeia principalmente no primeiro semestre, mas o volume vendido é baixo, visto que o consumo doméstico absorve boa parte da produção nacional. Além do bloco europeu, embarques para Oriente Médio e Ásia também são representativos – estes, juntos, consomem 43% dos embarques brasileiros em 2018, segundo a Secex, mesmo valor do bloco europeu.
Quanto às importações de maçãs, em alguns períodos do ano, especialmente no último trimestre, o Brasil tem necessidade de aumentar as compras externas, para atender à demanda doméstica. Essas frutas importadas, por sua vez, têm origem, majoritariamente (77% em 2018, segundo a Secex), da América do Sul, mas uma parcela (23%) também vem do continente europeu.
Nesse sentido, a consolidação do acordo poderia aumentar a participação de países europeus no fornecimento da fruta ao Brasil. De acordo com agentes consultados pela Hortifruti Brasil, como as janelas de embarques e aquisições são bem consolidadas e o Brasil tem grande diversificação de parceiros, a aliança deve trazer poucos impactos ao setor, pelo menos no início.
Agentes consultados relataram que a eliminação da tarifa poderia adiantar as exportações brasileiras em apenas poucas semanas. Agora, caso existam excedentes de produção na União Europeia, poderá ocorrer um maior comércio da maçã do bloco a preços competitivos aqui no Brasil, prejudicando, consequentemente, a venda de maçãs nacionais. Por outro lado, uma superprodução brasileira elevaria os estoques nacionais, restringindo a entrada da fruta importada.
Quer saber quais os impactos do acordo às outras frutas brasileiras? Confira o conteúdo completo, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br