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Piracicaba, 09 – As fazendas verticais têm dado o que falar mundo afora! No Brasil, as primeiras folhosas produzidas em agricultura indoor (Controlled Environment Agriculture ou CEA), em parceria entre a Embrapa Hortaliças e a empresa 100% Livre (varejista de hortifrútis), chegaram ao mercado paulistano no início de 2021 – com hortaliças e condimentares cultivados, no decorrer de 2020, em sistemas de fazenda vertical e plant factory, em uma unidade próxima ao centro da cidade de São Paulo.
Recentemente, as empresas também iniciaram a pesquisa de linhagens de tomate que possam se adaptar a este sistema de cultivo em ambiente fechado e controlado, a fim de analisar o potencial produtivo do fruto e a viabilidade econômica. A expectativa é de que o projeto tenha duração de 12 meses e que, após o encerramento, seja possível planejar o desenvolvimento de uma variedade de tomateiro específica para o plantio em fazendas verticais.
A empresa YesHealth Group, de Taiwan, também utiliza, desde 2008, o método de agricultura sustentável com tecnologia verde, cultivando, atualmente, mil toneladas de vegetais por ano em sua principal fazenda vertical, localizada na Dinamarca. Totalmente hidropônica, a produção é cultivada por meio de energia eólica (a fim de reduzir o uso de carbono), com luzes LED desenvolvidas pela própria organização. O objetivo está em promover uma oferta constante de alimentos e reduzir o desperdício, fazendo com que os vegetais cheguem mais frescos aos supermercados e a preços competitivos, já que os custos são melhor controlados neste sistema.
COMO FUNCIONA, AFINAL? – Segundo informações da Embrapa, este modelo de agricultura indoor permite o cultivo de espécies vegetais em locais fechados e dentro de centros urbanos, mostrando-se como mais uma alternativa de produção. Ele não tem o objetivo de substituir os sistemas convencionais ou orgânicos, mas, sim, de aproveitar espaços subutilizados nas grandes cidades, reduzindo gastos com logística e, principalmente, combatendo as perdas por transporte ou perecibilidade dos alimentos.
Com controle total do ambiente (por meio de tecnologias de iluminação artificial, de monitoramento das condições ambientais e de cultivo sem solo), tais produções não estão sujeitas a impactos climáticos ou sazonalidade de culturas, além de serem boas opções para cidades que sofrem com restrições hídricas.
Foto: Reprodução - Embrapa (Diego Gomes)
Foto: Reprodução - YesHealth Group
Fonte: Embrapa, Forbes, YesHealth Group e Só Notícia Boa
