Piracicaba, 27 – Produzir batata para o mercado de mesa e à indústria (palito e chips) vem sendo uma atividade rentável nos últimos dois anos. Os resultados, apresentados no Especial Batata 2020, da revista Hortifruti Brasil, reforçam a diferença entre a "segurança" em comercializar a produção com a indústria (em que há menor risco de rentabilidade, já que os preços são pré-acordados entre as partes) e a negociação da batata no mercado in natura (em que, em alguns momentos, proporcionam rentabilidade bastante alta, mas, em outros, podem resultar em prejuízo).
No entanto, neste estudo, prejuízos não foram registrados nos últimos dois anos. Para o segmento de mesa, em Vargem Grande do Sul, por exemplo, os preços médios da saca de 50 kg da batata lavada, ponderados pelo calendário de colheita e classificação, foram de R$ 80,65 em 2019 e, até setembro de 2020, de R$ 58,69. Considerando-se esse valor e a média dos custos de produção por unidade (apresentada na edição de outubro da Hortifruti Brasil), os bataticultores de média e grande escalas registram margem de lucro muito positiva – e, especialmente em 2020, conseguiram acumular uma reserva financeira e recuperar a capacidade de investimento.
No geral, em 2019, os ganhos dos produtores representaram mais um fôlego depois das perdas de rentabilidade de 2017 e 2018. No Sul de Minas Gerais, a safra 2019/20 teve resultados distintos entre os produtores: aqueles que concentraram a colheita mais no final da temporada, entre março e maio/20, tiveram um bom lucro, enquanto os que colheram no início (de novembro/19 a fevereiro/20) chegaram a ter prejuízos, em alguns casos. Produtores que conseguiram ter custos unitários menores, até mesmo em momentos em que os preços estavam mais baixos, como no início da colheita, obtiveram lucro. Em contrapartida, aqueles com custos mais altos certamente tiveram mais prejuízos.
Resultados positivos também foram observados no segmento industrial, para a produção de chips e de batata pré-frita (palito). Para conferir os preços médios e as perspectivas para o setor em 2021, acesse a edição completa, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br