Piracicaba, 11 – O tema da reportagem de capa da edição de agosto da Hortifruti Brasil expõe um item importante nas despesas dos compradores – e ainda pouco abordado: os custos de comercialização. Isso porque eles impactam no valor final ao consumidor e, dependendo do nível de agregação do produto ao longo da cadeia de comercialização, diminuem o valor pago ao hortifruticultor.
É importante, porém, não confundir margem com lucro. As margens de comercialização incluem, além dos custos de comercialização, a rentabilidade dos agentes de comercialização envolvidos na cadeia de frutas e hortaliças frescas.
Grande margens de comercialização podem não ser um indicativo de grandes lucros no setor de FLV’s (frutas, legumes e verduras). Pelo contrário! Elas podem representar uma série de custos e de ineficiência, que fazem o produtor receber menos do que o custo do produto – e o consumidor, pagar mais do que ele vale, de fato.
Assim, a margem de comercialização é um conceito amplo e embute os dois conceitos (lucro e custos de comercialização). Apesar de os dados de margem serem bastante impactantes, dada sua elevada dimensão nos HF’s, mais do que se preocupar com a margem, o produtor deve se atentar às formas rentáveis de se sustentar nesta cadeia.
Além de discutir a dimensão do valor da margem de comercialização, o mais importante, tanto para produtores quanto para os demais agentes que compõem essa cadeia, é entender os custos e avaliar a real lucratividade de cada segmento que envolve a comercialização dos HF’s.
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Fonte: hfbrasil.org.br