Piracicaba, 21 – O ano de 2018 se iniciou sob a influência do fenômeno La Niña, de baixa intensidade, que se enfraqueceu ao decorrer dos meses e deu lugar à uma condição de neutralidade. De acordo com os relatórios climáticos do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o verão de 2018 também teve influências de outros fenômenos, resultando em chuvas acima da média no Nordeste e no Centro-Oeste. Já no Sul e em algumas regiões do Sudeste, as precipitações foram irregulares e abaixo da média, situação característica do "ENOS" de anomalia negativa.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a neutralidade foi estabelecida a partir de maio do ano passado, cessando as influências do La Niña. Apesar disso, o outono e o inverno em todo o País foram marcados pelo clima mais seco e quente que o normal. Em São Paulo, por exemplo, as temperaturas máximas foram as mais elevadas da série histórica do Inmet.
No início da primavera (setembro/18), com o aquecimento da porção central do Pacífico, surgiram condições para a formação de um El Niño que, no entanto, não chegou a se concretizar de fato em 2018. No final do ano, as chuvas ultrapassaram a média histórica em quase todo o País. Se considerados os primeiros dias de dezembro/18, as precipitações superaram a normal climatológica do mês inteiro em algumas cidades do Nordeste. De acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas), o número de reservatórios com níveis abaixo de 30% da capacidade é inferior frente ao observado no mesmo período de 2017, favorecendo produtores da região.
Na região Centro-Sul, as precipitações foram concentradas e acima da média, com problemas recorrentes de temporais e granizo no Sul do País. No entanto, segundo o último relatório do Cemaden, publicado em dezembro de 2018, o cenário de seca fraca/moderada continuava até aquele mês em parte do Sudeste, gerando preocupações em produtores da principal região hortifrutícola do País – a seca acometia, até o fim de janeiro, 18% da região Sudeste, sendo São Paulo o estado mais afetado.
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Fonte: hfbrasil.org.br