Piracicaba, 12 – Devido à pandemia de covid-19, o setor de hortifrúti já enfrentou dificuldades no primeiro semestre de 2020 e tudo indica que a situação será ainda mais delicada nos próximos meses, devido ao aumento da oferta, à queda do poder aquisitivo e à manutenção das medidas de distanciamento social, mesmo com a abertura e flexibilização do comércio no segundo semestre.
Isso porque a covid-19 segue ativa e pode gerar consequências negativas na economia do País, já que ainda não há solução definitiva quanto à crise sanitária – o que ocorrerá somente após o surgimento da vacina ou de um remédio eficaz no combate ao vírus. Além disso, a maioria dos produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea tem maior concentração de oferta no segundo semestre.
No caso das frutas, o alívio vem das exportações, que geralmente crescem neste período, controlando o volume disponível no mercado interno (e, neste ano, a taxa de câmbio e a elevada demanda externa são atrativos aos envios). Por outro lado, as que não exportam podem ser mais afetadas no período.
Já quanto às hortaliças, o clima mais favorável à produção tende a aumentar a disponibilidade dos produtos. A possível maior oferta, os canais obstruídos e uma demanda interna fraca, por sua vez, podem reforçar os impactos negativos sobre o setor.
Diante disso, é primordial um plano de ação rápido para resistir às adversidades também no segundo semestre, principalmente se a perspectiva é de aumento da oferta do produto e se não há a opção de escoamento ao mercado externo. Neste cenário, também é importante se atentar ao que o comportamento do consumidor durante e após a crise – apesar do momento extraordinário, é fato que a população terá novos hábitos de consumo no isolamento social e no pós-pandemia. Este será, inclusive, o tema da edição de agosto da Hortifruti Brasil.
Por enquanto, aproveite para conferir todos os detalhes da edição de julho, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br