Piracicaba, 17 – A obesidade já atinge um em cada cinco brasileiros, o que representa um aumento de 60% em 10 anos, segundo o Ministério da Saúde. Os dados, divulgados nesta segunda-feira, 17, foram coletados pela Vigitel (Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) de fevereiro a dezembro de 2016.
O estudo indica que a população obesa passou de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016, enquanto o excesso de peso avançou 26,3% no mesmo comparativo – e está presente em mais da metade dos adultos nas capitais brasileiras. Os dados apontam, ainda, que o índice de obesidade duplica a partir dos 25 anos e é maior entre os de menor escolaridade. Vale destacar que tais características são calculadas a partir do IMC (Índice de Massa Corporal) dos entrevistados (53.210 pessoas maiores de 18 anos, residentes nas capitais do País).
Mesmo com esses índices alarmantes, a pesquisa indicou também que o brasileiro tem adotado mudanças em seus hábitos alimentares, como a redução do consumo de refrigerantes ou sucos artificiais, que foi de 30,9% em 2007 para 16,5% em 2016. Outro fator de destaque é que, apesar da redução do consumo regular de frutas e hortaliças no último ano (2015/2016), houve crescimento de 7% deste índice de 2008 a 2016 – que corresponde a um em cada três adultos.
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO MUNDIAL – A constante abordagem do Ministério da Saúde quanto à alimentação da população brasileira tem relação com o programa "Década de Ação das Nações Unidas para a Nutrição (2016/2025)", que incentiva a adoção de dietas saudáveis e sustentáveis a nível global. O Brasil, especificamente, propõe três metas: conter o crescimento da obesidade na população adulta, reduzir o consumo de refrigerantes e sucos artificiais e ampliar em 17%, no mínimo, o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Mais informações sobre alimentação saudável também podem ser consultadas na edição de março da HF Brasil, que foi baseada no Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. Já os dados da pesquisa Vigitel estão disponíveis em: http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf
Fonte: Ministério da Saúde