Piracicaba, 30 – Dados da Anvisa revelam que o nível de não conformidade do grupo das CSFI's é o maior dentre todos os alimentos avaliados. Cerca de metade dos ingredientes ativos irregulares refere-se a esse grupo – e esse, resultado, deve-se ressaltar, acaba sendo exposto na mídia de uma forma muito negativa, apesar de a própria Agência indicar os baixos riscos à saúde do consumidor.
Segundo relatório da Anvisa de 2016, somente 1,11% das amostras representaram risco agudo à saúde e estão relacionadas a resíduos encontrados nas cascas da laranja e do abacaxi, frutas consumidas sem casca. Deste modo, a concentração na polpa da fruta (parte que realmente é consumida) seria menor, assim como o risco à saúde. No entanto, a Agência alerta os riscos eminentes dos trabalhadores na área rural, dado o alto nível de irregularidades.
Com base nos resultados do relatório da Anvisa, uma parte considerável dos alimentos fora de conformidade é assim considerada pela falta de registro do agroquímico. Essa ausência de defensivo registrado, por sua vez, é resultado de um processo complexo, demorado e custoso para a liberação e regulamentação do agroquímico para cada cultura.
Dessa forma, é natural que as culturas mais prejudicadas pela carência de registro sejam aquelas com menor representatividade econômica. É importante ressaltar que a falta de registro também dificulta um manejo adequado das aplicações dos agroquímicos na lavoura, visto que o agricultor não tem parâmetro a respeito, como período de carência e concentração do produto.
Para entender as irregularidades detectadas pelas Anvisa, confira o conteúdo completo na edição de julho da Hortifruti Brasil, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br