Piracicaba, 30 – A Páscoa é um dos feriados bastante celebrados pelos brasileiros, e neste ano, alguns dos produtos típicos das refeições desta época poderão estar mais caros. É o que aponta uma pesquisa da Apas (Associação Paulista de Supermercados), que indica que os produtos que compõem a cesta de Páscoa (bacalhau e outros pescados, vinhos, chocolate, azeite, batata, cebola, etc) estão 14,8% mais caros neste ano.
Apesar do aumento no preço, a Associação estima que as vendas do período devam crescer em 4,5%, já que houve recente estabilidade no preço dos alimentos, aumento do salário mínimo e incremento das políticas de transferência de renda e combate à pobreza.
No caso das hortaliças citadas pela Apas, os preços da cebola, da batata e do alho caíram no varejo no primeiro bimestre de 2023. Ainda assim, no acumulado de um ano, tanto a cebola quanto a batata acumulam alta, o que tende a encarecer a tradicional receita de bacalhau com batatas.
PREÇO AO PRODUTOR – A batata tipo ágata lavada, ponderada pela classificação, foi cotada em média a R$ 46,15/sc de 25 kg em março de 2023 (média parcial até dia 29), queda nominal de 32% frente à média de março do ano passado. Em termos reais (corrigido pelo IPCA), os preços neste ano estão 36% mais baixos. As razões para isso são diversas: aumento de área plantada no período, participação das variedades cultivadas, produtividade e qualidade. É importante lembrar que, nesta semana, o preço ao bataticultor já está registrando reação, e colaboradores do Hortifruti/Cepea relataram maior demanda.
No caso da cebola, os preços quase não tiveram alteração em relação ao ano passado: a parcial de março (até 24/03) em 2023 ficou 0,36% superior no aumento acumulado, em termos nominais. Quando considerado o valor real (também corrigido pelo IPCA), a cotação ao produtor ficou levemente inferior (-3,4%) neste ano. O motivo do cenário semelhante é por ser um período de menor volume a nível nacional, com predomínio da oferta do Sul do País. Para esta cultura, não deve haver grandes alterações nos valores ao produtor até a Páscoa.
Fonte: hfbrasil.org.br e Apas