Piracicaba, 10 – Na edição de agosto, a Hortifruti Brasil entrevistou permissionários e técnicos de duas Ceasas (a Ceagesp de São Paulo e a de Piracicaba, no interior paulista) para entender os problemas e buscar soluções para a modernização desse importante elo distribuidor de frutas e hortaliças. Atualmente, há mais consenso em um modelo de parceria público-privado do que privatização, à medida que o interesse de investidores em gerir uma boa parte das centrais é baixo. Ressalta-se, no entanto, que um parceiro privado poderia auxiliar a parte administrativa.
Para Hélio Satoshi Watanabe e Paulo Roberto Ferrari, engenheiros agrônomos da Ceagesp de São Paulo, o principal benefício em ter a iniciativa privada participando da gestão da empresa é trazer aporte financeiro e também melhorar a gestão das Centrais. Na visão de Marcos Ludovico Valentini, gerente da Ceagesp de Piracicaba, os investimentos seriam mais certeiros se o aporte financeiro fosse da iniciativa privada, uma vez que o investidor acompanharia de perto a situação da central. Flávio Godas, da Ceagesp, ressalta, no entanto, que o governo tem funções que devem ser preservadas, como a regulação, fiscalização e monitoramento do abastecimento.
Para a parte de infraestrutura, a parceria público-privada também poderia ser benéfica, principalmente nas Centrais de maior atratividade. O governo pode criar linhas específicas de financiamento para a modernização das Centrais e a iniciativa privada poderia entrar como investidora, gestora desses recursos.
No geral, a percepção pelos depoimentos e pelo histórico das Ceasas é que o abastecimento das frutas e hortaliças tem que ter uma participação ainda atuante do estado, mas em questões nacionais como regulação e fiscalização da segurança do alimento. O estado tem que ter um papel mais atuante na definição e condução de políticas nacionais de abastecimento. No entanto, é latente que na questão de infraestrutura e, principalmente, na gestão, o papel da iniciativa privada (no geral) ou misto – descentralizado e autônomo – se torna necessário para dar mais efetividade a ações de modernização das Centrais.
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Fonte: hfbrasil.org.br