Piracicaba, 28 – Ainda que a produção brasileira de alho tenha crescido nos últimos 10 anos, o consumo interno também avançou, e a oferta doméstica não foi suficiente para compensar a demanda. Em decorrência disso, em 2020, mesmo com a crise econômica, o volume de alho importado atingiu recorde, totalizando 193 mil toneladas – o dobro do início dos anos 2000 (veja no gráfico).
Mas, de onde vem esse alho? O principal fornecedor ao Brasil é a China, seguida pela Argentina e, em menor proporção, pela Espanha e Chile, segundo informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Mesmo com a liderança chinesa, os envios da Argentina, da Espanha e do Chile foram os que mais cresceram nos últimos 10 anos.
Pesquisa recente divulgada por Gustavo Buta e Jaim Junior, da Universidade de Brasília, indica que o menor crescimento da China, sua quase "estagnação", no fornecimento de alho ao Brasil pode estar relacionado à política comercial antidumping brasileira, que impõe tarifas específicas sobre o alho chinês.
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Fonte: hfbrasil.org.br, IBGE e Secex