Piracicaba, 14 – Quer saber quais hortifrútis tiveram as maiores altas e desvalorizações em julho frente a junho/17? Confira nosso ranking de julho, que contabilizou os resultados dentre os 13 produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea. Os valores se referem tanto à comercialização no atacado paulistano (Ceagesp), quanto nas regiões produtoras.
Em relação a junho, o mês de julho ficou equilibrado em termos de preços, com sete altas e seis quedas dentre os 13 produtos. Confira o motivo das maiores variações e as perspectivas para agosto:
ALTAS
1° CENOURA: Do segundo lugar entre as quedas de junho para a maior valorização do mês seguinte, a cenoura teve pouca área colhida em julho – resultado do fim da safra de verão e atraso do início da safra de inverno. Além disso, produtores optaram por não seguir o calendário da safra de inverno, projetando o início da colheita apenas para agosto. Neste mês, portanto, a intensificação das atividades desta temporada e a maior produtividade nas regiões ofertantes podem enfraquecer as cotações de cenoura.
2° CEBOLA (NE): A redução do volume nacional, principalmente no Nordeste (em período de entressafra), fez com que os preços da cebola disparassem no início de julho. Além disso, a redução de área, em grande parte das praças produtoras do bulbo, também tem contribuído para esta diminuição do volume total em 2017. Assim, mesmo com quedas nas médias semanais, os preços da cebola permaneceram em bons patamares naquele mês e a tendência é de que sigam elevados em relação à temporada anterior. Em agosto, o Nordeste deve continuar com menor volume disponível. Por outro lado, as regiões de São Paulo estão em pico de oferta neste mês. Desta forma, os preços devem se manter em bons patamares, mas podem apresentar leve redução frente a julho.
3° TOMATE: A menor área colhida em julho e a maturação mais lenta, devido às baixas temperaturas, finalmente favoreceram o preço do tomate – interrompendo uma sequência de duas quedas mensais consecutivas. Entre a segunda quinzena de maio e o mês de junho, houve uma concentração de área colhida e também uma maturação concentrada das lavouras, resultando em baixos patamares de preços. A redução do ritmo de colheita em julho, porém, colaborou para a valorização do tomate. Para agosto, a previsão de colaboradores do Hortifruti/Cepea é de que o volume siga mais controlado, o que não deve resultar em acentuadas quedas de preços.
QUEDAS
1° BATATA (ÁGATA): Pelo segundo mês consecutivo como a maior queda dentre os hortifrútis acompanhados pelo Hortifruti/Cepea, a batata teve os preços impactados pelo início da temporada de inverno em conjunto com a colheita das secas. Assim, a oferta do tubérculo esteve elevada em julho. Atrelado a isso, a menor demanda (em período de férias escolares) acabou saturando o mercado – estendendo a desvalorização por boa parte daquele mês. Para agosto, este cenário de preços em baixos patamares deve se manter, uma vez que a produção de inverno está próxima ao período de pico.
2° ALFACE (CRESPA): Mais um produto que "mudou de lado" de um mês a outro, a alface crespa teve a produção favorecida pelo clima seco e pelas temperaturas mais frias em julho – que melhoram a qualidade das folhosas e reduzem a incidência de doenças. Assim, os descartes diminuíram e a quantidade colhida aumentou, cenário que pressionou as cotações da variedade naquele mês. Atrelado a isso, houve redução da procura, tanto em decorrência do clima frio quanto das férias escolares. Assim, como a demanda normalmente é menor durante o período de inverno, colaboradores do Hortifruti/Cepea apostam em manutenção das baixas cotações para agosto.
3° MANGA (TOMMY): No terceiro lugar entre as quedas, a manga tommy teve as cotações impactadas, principalmente, pelo aumento da oferta da variedade. Além do Vale do São Francisco (BA/PE), que já vinha colhendo a tommy desde o começo do ano, mas em poucos volumes, a variedade também teve a colheita iniciada em Livramento de Nossa Senhora (BA). Também pesou sobre as cotações a demanda, visto que a palmer tem sido preferida por consumidores brasileiros, por conta de seu aspecto menos fibroso. Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, a tommy terá pico de oferta entre agosto em outubro, mas há expectativa de que os preços se mantenham atrativos devido à boa demanda norte-americana pela fruta.
Quais as suas apostas para agosto? Acompanhe as análises de mercado semanais no site HF Brasil e aguarde os resultados do próximo ranking!
Fonte: hfbrasil.org.br