Piracicaba, 14 – Quer saber quais hortifrútis tiveram as maiores altas e desvalorizações em maio frente a abril/17? Confira nosso ranking de maio, que contabilizou os resultados dentre os 13 produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea. Os valores se referem tanto à comercialização no atacado paulistano (Ceagesp), quanto nas regiões produtoras.
Vale destacar que, naquele mês, os três produtos com as maiores altas foram, também, os únicos em que os preços se elevaram. Como previsto pelos analistas do Hortifruti/Cepea, o início da colheita de quase todos os hortifrútis nas principais regiões produtoras elevou a oferta nacional e desvalorizou 10 dos 13 produtos acompanhados pela equipe.
ALTAS
1° BATATA: Pelo segundo mês consecutivo com a maior alta entre os produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea, a batata padrão ágata especial teve sua oferta controlada no decorrer de maio, o que manteve os bons patamares de preços. Além disso, as chuvas nas regiões produtoras no fim daquele mês, principalmente no Sul do País (onde um maior volume estava sendo colhido), também influenciaram a valorização dos tubérculos. Para junho, a expectativa é de que a oferta de batata se eleve, pois a safra das secas ganha ritmo. Assim, é provável um recuo dos preços, o que deve tirar a batata do topo do ranking deste mês.
2° UVA (niagara): Estreante no ranking dos HFs em 2017, a uva niagara teve as cotações impulsionadas, principalmente, por conta do menor volume – a safrinha da região de Campinas (SP) se iniciou com atraso para a maior parte dos produtores. Além de ser (praticamente) a única região ofertante em maio, muitos produtores não podaram a parreira para ofertar neste período, deixando a planta "descansar" para a safra de final de ano. Para junho, os preços podem recuar, já que a região de Pirapora (MG) deve começar a colher.
3° MELÃO: Outro estreante no ranking de 2017, o melão também esteve entre as maiores (e únicas) valorizações de maio. Esta elevação dos preços, embora inferior ao mesmo período do ano passado, é decorrente da redução da área plantada na região do Vale do São Francisco (BA/PE) e da menor oferta na entressafra do Rio Grande do Norte/Ceará. No geral, a oferta em 2017 tem sido constante e a qualidade das frutas, satisfatória – o que tem reduzido a oscilação dos preços.
QUEDAS
1° MAMÃO (formosa): Em maio, a desvalorização do formosa foi resultado do aumento da oferta e também de seu calibre mais graúdo (fora do padrão de comercialização). Um expressivo recuo nos preços foi registrado no Norte do Espírito Santo, posicionando a variedade como a maior queda do mês. Para junho, a previsão é de diminuição da oferta, o que pode voltar a valorizar o formosa nas principais regiões produtoras. Contudo, a redução deverá ser mais tardia, resultando em cotações parcialmente melhores para o havaí do que para o formosa neste mês.
2° BANANA (nanica de SC): A elevada oferta da variedade no mercado doméstico e a baixa procura resultaram em leve acúmulo de fruta nas roças catarinenses, pressionando as cotações e posicionando a banana nanica de Santa Catarina entre as maiores desvalorizações de maio. Para junho, produtores se preocupam com a oferta da variedade em regiões produtoras concorrentes, mas a expectativa é de que permaneça controlada no norte de SC. Com os vendavais que atingiram esta região em maio, danificando mais de 110 mil pés da fruta, é esperado um maior controle da oferta no segundo semestre.
3° CENOURA: Com o clima favorável no decorrer de maio (temperaturas amenas e chuvas mais espaçadas), a produtividade de cenoura aumentou em quase todas as regiões acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea – cenário comum para o período de outono/inverno. Como consequência, a maior oferta acabou pressionando os preços das raízes. Para junho, com o clima ainda favorável à produção da raiz, o volume deve continuar elevado.
Quais as suas apostas para junho? Acompanhe as análises de mercado no site HF Brasil e aguarde os resultados do próximo ranking!
Fonte: hfbrasil.org.br