Piracicaba, 14– Quer saber quais hortifrútis tiveram as maiores altas e desvalorizações em novembro frente a outubro/17? Confira nosso ranking de novembro, que contabilizou os resultados dentre os 13 produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea.
Os valores se referem tanto à comercialização no atacado paulistano (Ceagesp), quanto nas regiões produtoras. Confira o motivo das variações e as perspectivas para dezembro:
ALTAS
1° MAMÃO FORMOSA (ES): Pelo quarto mês consecutivo, o mamão está entre as principais variações nos preços do Ranking da HF Brasil – mas, desta vez, como a maior valorização de novembro. Apesar disso, o movimento de alta é considerado uma recuperação, já que os preços da fruta estão em patamares bastante baixos. Com as elevadas temperaturas em meados de outubro, a colheita da variedade foi antecipada para aquele mês, diminuindo a oferta em novembro. Para dezembro, com o mercado mais lento (devido ao período de férias escolares e à maior competição com frutas de caroço), os preços podem recuar. Já em relação à oferta, a previsão é de baixa disponibilidade de havaí, mas elevada quantidade de formosa.
2° BANANA NANICA (SC): Da maior desvalorização de outubro, com a prata de Minas Gerais, para a segunda maior valorização de novembro, com a nanica de Santa Catarina, a banana teve as cotações favorecidas, principalmente, pelo menor volume nas roças, bem como pela maior procura naquele período. Vale lembrar, contudo, que a elevação dos preços se trata de uma recuperação, uma vez que os valores da fruta estiveram bem menores em outubro. Já para dezembro, com a aproximação das festas de fim de ano e a maior competição com outras variedades comumente ofertadas no período, a expectativa é de que os preços se mantenham – mesmo com a oferta mais controlada, a nível nacional.
3° ALFACE (AMERICANA): Terceira maior valorização de novembro, a alface americana teve sua oferta reduzida naquele período. Isso ocorreu, principalmente, pelo atraso no ciclo de desenvolvimento das folhosas e devido aos casos de queima de miolo (já que a variedade é bastante sensível) em algumas regiões. Atrelado a isso, a maior procura, favorecida pelo clima mais quente, colaborou para as maiores cotações. Com a proximidade das festas de fim de ano, a expectativa é de que a demanda não apresente grande crescimento, visto que outras hortaliças são preferidas no período, como salsa, cebolinha, entre outras. Já em relação à oferta, a previsão é de estabilidade – caso o clima não registre alterações bruscas.
QUEDAS
1° MANGA (TOMMY): A chegada do período de fim de ano (quando aumenta a oferta das frutas de caroço) acabou colaborando para a desvalorização da manga em novembro – a maior, dentre os 13 HF’s acompanhados pelo Hortifruti/Cepea. Além disso, o encerramento das exportações brasileiras da variedade aos Estados Unidos, bem como o mercado nacional desaquecido e o início da safra paulista, foram outros fatores que desencadearam o resultado negativo no período. Para dezembro, a oferta ainda alta da variedade, principalmente no Vale do São Francisco (PE/BA) e no interior de São Paulo, pode limitar grandes valorizações.
2° TOMATE: Segunda maior desvalorização de novembro, o tomate salada 2A teve as cotações impactadas, principalmente, pela aceleração e concentração da colheita em lavouras da segunda parte da safra de inverno, sobretudo em Sumaré (SP). A maturação mais acelerada ocorreu devido às altas temperaturas no período. O início das atividades da safra de verão em algumas regiões produtoras (como Itapeva/SP e Venda Nova do Imigrante/ES), também contribuiu para a saturação do mercado. Assim, com a maior disponibilidade de ambas as safras, o atacado chegou a receber, em apenas um dia, cerca de 150 mil caixas do fruto. Na primeira semana de dezembro, os preços ainda estavam baixos. Porém, o tomate se valorizou posteriormente, devido ao menor volume – decorrente da desaceleração e encerramento das praças da segunda parte de inverno. Com a finalização desta etapa, as expectativas são de melhores preços para a temporada de verão (que deve registrar recuo de área).
3° CEBOLA (NE): Terceiro lugar no ranking das desvalorizações de novembro, a cebola teve as cotações impactadas pelo maior volume nacional. Tradicionalmente, a disponibilidade dos bulbos sulistas se eleva neste período do ano. Entretanto, com a concentração da colheita no Nordeste para novembro/dezembro e a boa produtividade nas regiões de Irecê (BA) e do Vale do São Francisco, as safras do Sul e Nordeste coincidiram, resultando em acúmulo do produto. Para este mês, a expectativa dos cebolicultores é de que a oferta nordestina se reduza, normalizando o volume nacional.
Quais as suas apostas para dezembro? Acompanhe as análises de mercado semanais no site da HF Brasil e aguarde os resultados do próximo ranking!
Fonte: hfbrasil.org.br