Piracicaba, 15 – Quer saber quais hortifrútis tiveram as maiores altas e desvalorizações em outubro frente a setembro/17? Confira nosso ranking de outubro, que contabilizou os resultados dentre os 13 produtos acompanhados pelo Hortifruti/Cepea. Os valores se referem tanto à comercialização no atacado paulistano (Ceagesp), quanto nas regiões produtoras.
Em relação a setembro, as cotações estiveram mais equilibradas no último mês, com sete quedas e seis altas. Confira o motivo das variações e as perspectivas para novembro:
ALTAS
1° BATATA: Como esperado pela equipe Hortifruti/Cepea, os preços da batata ágata se elevaram em outubro – levando o tubérculo da terceira maior queda de setembro para a maior valorização do mês seguinte. O cenário foi favorecido, principalmente, pela desaceleração da safra de inverno, bem como pelo “mercado de chuva” (e a consequente interrupção da colheita). Em novembro, já deve se iniciar a safra das águas, mas ainda em menor ritmo – nas regiões paranaenses de Ponta Grossa, São Mateus do Sul, Irati e Curitiba, além de Ibiraiaras e Santa Maria (RS). Assim, os preços podem se manter nos mesmos patamares de outubro.
2° CENOURA: Pelo segundo mês consecutivo entre as maiores valorizações, a cenoura registrou aumento dos preços em decorrência da menor oferta nacional – principalmente pela redução de área ocorrida nesta safra de inverno. Além disso, a produtividade foi impactada pelo clima seco dos últimos meses, que prejudicou o crescimento secundário das raízes. Assim, o ciclo de desenvolvimento se estendeu, pressionando a oferta e valorizando a hortaliça. Para novembro, a expectativa é de manutenção do cenário, devido à menor área frente ao ano anterior e à oferta controlada nas principais regiões produtoras do País.
3° LIMA ÁCIDA TAHITI: O período de entressafra de lima ácida tahiti em São Paulo, valorizou a variedade durante todo o segundo semestre deste ano. Assim, em outubro, os valores atingiram o pico de preços (devido ao clima quente e seco de setembro, que impediu o crescimento das frutas), garantindo à tahiti o terceiro lugar entre as maiores valorizações do mês. Já em novembro, a perspectiva é de intensificação da oferta paulista, uma vez que as chuvas de outubro beneficiaram o crescimento das frutas nos pés. Desta forma, os preços podem recuar. Contudo, vale lembrar que, com o aumento do volume, as exportações da variedade também devem se elevar – reduzindo a disponibilidade interna e impedindo uma maior desvalorização no mês.
QUEDAS
1° BANANA PRATA (MG): A elevação da oferta de banana prata desvalorizou a fruta em outubro – ocupando o primeiro lugar entre as maiores quedas do mês. O maior volume foi decorrente do aumento das temperaturas nas regiões produtoras, bem como por chuvas pontuais, que favoreceram o desenvolvimento. A maior queda relativa de preço, por sua vez, foi registrada no Norte de Minas Gerais. Neste cenário, produtores chegaram a vender o quilo da fruta a preços 33% abaixo do custo unitário de produção estimado em outubro, situação que não ocorria desde novembro de 2015, considerando o levantamento do Hortifruti/Cepea. Já para novembro, a perspectiva é de que a oferta de prata seja um pouco mais controlada, com maior redução prevista para dezembro. Assim, as cotações podem interromper o movimento de queda.
2° MAMÃO HAVAÍ (ES): Da maior valorização de setembro, com o formosa, o mamão registrou a segunda maior queda de preço de outubro, com a variedade havaí. Além do elevado volume disponível, o mercado de mamão foi impactado pela baixa qualidade da fruta (que estava graúda e com maior incidência de mancha fisiológica) naquele mês, sobretudo em Minas Gerais e no Espírito Santo. Já em novembro, a oferta deve se reduzir nas principais regiões produtoras, uma vez que as elevadas temperaturas em meados de outubro anteciparam a colheita para aquele mês. Assim, a fruta pode se valorizar, apesar das negociações ainda restritas no País.
3° MELANCIA: A safra em Uruana (GO), que estava prevista para se encerrar em outubro, se prolongou até o início de novembro. Neste cenário, a oferta de melancia diminuiu menos do que o esperado em outubro, já que a região goiana registrou, também, recuperação da produtividade no último mês – colocando a fruta entre as três maiores quedas dos preços no período. Já em novembro, a oferta de melancia ficará restrita principalmente às regiões de Oscar Bressane, Marília, Itápolis (SP) e Teixeira de Freitas (BA). Devido ao clima favorável nos últimos meses, a expectativa é de boa qualidade das frutas, fator que pode contribuir para a valorização (juntamente com a maior demanda, em decorrência do clima quente).
Quais as suas apostas para novembro? Acompanhe as análises de mercado semanais no site HF Brasil e aguarde os resultados do próximo ranking!
Fonte: hfbrasil.org.br