Piracicaba, 17 – Os resultados abaixo são preliminares (de 22 de junho até 25 de julho), da pesquisa sobre rastreabilidade realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que correspondem ao setor produtivo e selecionados das regiões-alvo da Hortifruti Brasil. O estudo aponta algumas ações que serão importantes para o setor avançar mais.
Uma delas é a importância da divulgação da norma, já que parcela daqueles que ainda não implementaram a rastreabilidade, não sabiam de sua obrigatoriedade. Um outro ponto importante é a ampliação da gama de defensivos registrados, sejam eles químicos ou orgânicos, principalmente para o grupo das minor crops (culturas que são produzidas em menor escala de produção). Em certos casos, produtores se deparam com a necessidade de realizar controles fitossanitários, no entanto não há registro de defensivos para a espécie cultivada e alvo-biológico, praga a qual se necessita controlar, resultando em incerteza ao produtor. Assim, há preocupação de parte dos produtores quanto ao apontamento do uso de alguns produtos fitossanitários (defensivos), pois caso estes não sejam registrados pelos órgãos competentes (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, MAPA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, e Instituto Brasileiro do Maio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, IBAMA), o produtor está inconforme com a Lei º 7.802/1989, que diz sobre a utilização e fiscalização de agrotóxicos. Outra ação sugerida por alguns respondentes é a fiscalização na ponta compradora, pois muitos produtores relataram que nem todo comprador exige a rastreabilidade, pois também não é cobrado para que a faça.
Dentre os que aplicam a rastreabilidade, a maioria afirma não ter tido dificuldades em cumprir as exigências, mas boa parte já estava adaptado aos procedimentos indicados pela INC, mesmo antes da rastreabilidade se tornar obrigatória. Assim, ainda pode-se dizer que muitos dos avanços se mantiveram dentro do subsistema de comercialização que se restringe à uma parcela mais organizada da cadeia, a qual lida com mais exigências de seus compradores, como as grandes redes de supermercados ou, ainda, que exportam.
Outro fator limitante reportado na pesquisa esbarra na questão de custo de produção: 61% dos que responderam à pergunta “A prática da rastreabilidade tem trazido mais custos à sua produção?”, afirmaram que sim. Mas, por outro lado, a grande maioria (87%) também considera a rastreabilidade positiva para a sua produção/ comercialização. Dos principais benefícios citados, a melhoria da gestão foi a principal.
Saiba mais sobre o tema lendo a edição de agosto da Revista Hortifruti Brasil.
Fonte: hfbrasil.org.br