Piracicaba, 06 – Com os impactos da pandemia de covid-19 no cenário econômico brasileiro, é importante se atentar a um detalhe: a queda da renda do consumidor também reduz a procura por alimentos não essenciais. Dessa forma, os reflexos de um menor poder de compra da população são diferentes sobre cada um dos HFs. Na edição de setembro, a revista Hortifruti Brasil dividiu os hortifrutícolas em três grupos (com alto, médio e baixo impactos), tendo-se como critério o quanto o consumo de cada fruta ou hortaliça é influenciado pela variação da renda.
Produtos essenciais, com poucos substitutos diretos e de baixo peso no orçamento, tendem a ter menos impacto com a queda da renda. Encaixam-se neste grupo a cebola e a batata. Por outro lado, frutas mais caras, como a uva, melão, manga e mamão, que pesam mais sobre o orçamento familiar e com vários substitutos próximos, tendem a ter redução quase que proporcional à queda da renda.
Um reflexo intermediário é observado para as frutas consideradas mais comuns ao consumidor, como banana, laranja, maçã e melancia, e também tomate, cenoura e alface. A ideia inversa também é verdadeira: um aumento da renda eleva a procura por frutas de alto valor.
Apesar da queda na renda, é preciso considerar que as pesquisas mostram certa consciência de comportamentos mais saudáveis está relacionada à ingestão regular de frutas e hortaliças, tendência que pode se manter após a quarentena – como abordado na edição de agosto da Hortifruti Brasil.
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Fonte: hfbrasil.org.br