Piracicaba, 19 – Foram diversas as mudanças ocorridas no perfil de compra do brasileiro ao longo dos últimos anos. No quesito alimentação, consumidores buscam por itens que sejam práticos e otimizem o tempo, mas sem abrir mão de sabor, qualidade e saudabilidade. E a pandemia de covid-19 acelerou esta procura por praticidade, já que muitas famílias passaram a conciliar o trabalho remoto com os filhos mais tempo em casa.
Ao mesmo tempo, os alimentos com preços mais acessíveis foram priorizados pelas muitas famílias que tiveram o poder de compra reduzido pelas consequências da pandemia. Neste cenário, houve forte crescimento no consumo de alimentos perecíveis industrializados (nos quais estão incluídas as frutas e hortaliças processadas, que dependem de refrigeração), impulsionando o faturamento do varejo com estes itens. Este grupo de alimentos, inclusive, passou para a terceira posição no ranking de mais vendidos nos supermercados em 2020, superando o açougue.
Além de ganharem participação no total do faturamento do varejo, as vendas de perecíveis industrializados registraram incremento nominal de 19,6% entre 2019 e 2020 e as de in natura, 23,8%, segundo dados da revista Super Varejo, de julho de 2021. Ainda que o avanço nas vendas dos perecíveis in natura tenha sido um pouco mais expressivo, os industrializados tiveram um importante papel neste período pandêmico: permitiram que consumidor estocasse produtos, diminuindo a necessidade de idas ao supermercado. Por muito tempo, consumidores associaram os alimentos industrializados a comidas não saudáveis, já que estes passam por processos que, na maioria das vezes, os deixa com características diferentes das do produto in natura. Porém, verifica-se cada vez mais uma busca por alimentos que consigam agregar praticidade com saudabilidade, como são os casos dos sucos 100% frutas e os vegetais congelados.
E este é o tema da edição de agosto da revista Hortifruti Brasil, que você pode conferir clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br