Piracicaba, 24 – A obesidade infantil tem sido considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica em todo o mundo, devido à possibilidade de as crianças desenvolverem comorbidades como diabetes, hipertensão e problemas ortopédicos, principalmente quando expostas à uma alimentação inadequada e à baixa frequência de atividades físicas.
Em 2020, dentre as crianças brasileiras acompanhadas pela APS (Atenção Primária à Saúde), do SUS, 15,9% dos menores de cinco anos e 31,8% entre cinco e nove anos tinham excesso de peso. Destas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade, segundo Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade. Quanto aos adolescentes acompanhados na APS no ano passado, 31,9% e 12% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente. Assim, considerando-se todas as crianças brasileiras menores de 10 anos, estima-se que cerca de 6,4 milhões tenham excesso de peso e 3,1 milhões tenham obesidade. Entre os adolescentes, a estimativa é de que cerca de 11 milhões tenham excesso de peso e 4,1 milhões, obesidade.
Pensando nisso, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Vamos prevenir a obesidade infantil: 1, 2, 3 e já!", com o objetivo de investir na melhoria da saúde e da nutrição das crianças e apoiar os municípios no planejamento, implementação e monitoramento de ações na Atenção Primária à Saúde. Para isso, a iniciativa visa conscientizar a população, por meio de três mudanças de hábitos: busca por uma alimentação saudável (consumindo mais comida de verdade e, claro, as quantidades adequadas de frutas e hortaliças), prática de atividades físicas e estímulo às brincadeiras mais dinâmicas (deixando de lado o uso das telas).
Uma das dicas da campanha é, inclusive, acompanhar o Guia Alimentar para a População Brasileira, tema da edição de março/17 da revista Hortifruti Brasil, para saber como escolher melhor os alimentos e prepará-los para os pequenos, incluindo sempre as frutas e hortaliças – que são excelentes aliadas de uma refeição mais saudável e nutritiva. Confira mais detalhes desta campanha, clicando aqui.
Fonte: Ministério da Saúde e sisaps.saude.gov.br