A safra 2016/17 para mangicultores paulistas poderá ser caracterizada por bons envios à indústria, tanto pela alta demanda das plantas já existentes na temporada 2015/16 quanto pela inauguração de uma nova processadora no estado de São Paulo. Muitas unidades já buscam aumentar o número de contratos com produtores e algumas oferecem, inclusive, subsídio para a compra de mudas. Indústrias também oferecem garantia de pagamento de preço mínimo compatível com o custo de produção. Esse cenário fomenta os investimentos de produtores e dá maior segurança às indústrias, que conseguem prever os potenciais volumes de compra. Processadoras da região de Monte Alto/Taquaritinga (SP) absorveram grande volume de fruta da safra 2015/16 e os estoques atuais estão em volumes satisfatórios para o segundo trimestre. No entanto, agentes indicam que novas compras de frutas ainda devem ser realizadas, já que o mercado está aquecido – uma unidade afirma ter exportado 80% da produção da safra 15/16 até o final de fevereiro. Na temporada 2015/16, as primeiras aquisições foram de tommy. Os envios de palmer iniciaram apenas em janeiro/16, quando as chuvas prejudicaram a qualidade para venda no mercado in natura. O preço médio da tommy pago pelas processadoras de outubro/15 a dezembro/15 foi de R$ 0,42/kg, aumento de 29% quando comparado com a safra anterior, de R$ 0,32/kg. Quanto à palmer destinada à indústria, a média de janeiro e fevereiro/16, de R$ 0,40/kg, subiu 14% frente à do mesmo período do ano passado.
Fonte: Hortifruti/Cepea