Piracicaba, 08 – É comum que as importações brasileiras de maçã aumentem no decorrer do segundo semestre. Isto porque, usualmente, os estoques da fruta nacional diminuem no período, abrindo espaço para a internacional. Entretanto, quando comparado ao ocorrido no ano passado, este crescimento está tímido em 2021. Mas, por quê?
Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, tal acontecimento pode estar atrelado à maior oferta nacional deste ano e ao elevado valor do dólar frente ao Real, que resulta no encarecimento da fruta importada – e isto, por sua vez, está reduzindo a procura por essas variedades, sobretudo por conta da crise econômica vivenciada pelo Brasil, a qual limita o poder de compra dos consumidores e os faz optar por alimentos “mais em conta”. Devido a este cenário, as importações brasileiras de maçã podem até seguir aumentando nos próximos meses, mas, em menor grau frente ao ano anterior.
BALANÇA COMERCIAL – Na parcial deste ano (janeiro a agosto), a balança comercial ainda está positiva, ou seja, com a receita adquirida pelas exportações superior aos gastos com importações, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Como as exportações obtiveram receita de US$ 73,7 milhões (FOB), aumento de 80% frente ao mesmo período do ano passado, e os gastos com importações foram de US$ 30,5 milhões (FOB), queda de 40% na mesma comparação, a balança está positiva em US$ 43,2 milhões (FOB).
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex