Piracicaba, 17 – Mesmo com a redução de quase um quinto na colheita da safra 2019/20, as exportações brasileiras de maçãs frescas ainda apresentam bom desempenho na parcial do ano (janeiro a agosto), de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os embarques totalizaram 62,4 mil toneladas no período, quantidade 11% superior à da parcial de 2019. Já a receita, quase se manteve em dólar, em US$ 41,5 milhões (FOB) – vale ressaltar que a valorização do dólar frente ao Real tem garantido bons retornos aos exportadores.
Este cenário (de boas exportações e baixo estoque interno) colaborou para a alavancada dos preços da maçã nacional no mercado doméstico e também abriu espaço para as importadas – inclusive, a preços bastante competitivos para as frutas de maiores calibres, que têm sido mais procuradas internacionalmente, devido à escassez na campanha brasileira.
Assim, ainda segundo a Secex, as importações brasileiras de maçã totalizaram 63,5 mil toneladas na parcial do ano (janeiro a agosto), forte alta de 60% frente ao mesmo período 2019. Os gastos, por sua vez, contabilizaram US$ 50,9 milhões (FOB), aumento de 40% na mesma comparação. Destaca-se que a quantidade importada, na parcial do ano, está 25% maior do que a média dos últimos 10 anos.
BALANÇA COMERCIAL – Os gastos, em dólar, com as maçãs importadas, foram maiores do que a receita adquirida com as exportações brasileiras da fruta na parcial do ano (até agosto). Assim, a balança comercial está negativa em US$ 9,4 milhões. Este cenário, por sua vez, deve se manter até o fim do ano, pois, mesmo com o alto patamar do dólar, a redução nos estoques nacionais de maçã deve continuar estimulando a compra de fruta importada até a entrada da safra 2020/21, que deve ocorrer apenas no próximo ano.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex