Piracicaba, 05 – Mesmo que as importações brasileiras de maçãs frescas estejam mais limitadas neste ano, frente aos anteriores, a balança comercial ficou negativa em receita a partir de outubro/19, como era esperado. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o déficit foi de US$ 6,8 milhões na parcial do ano (janeiro a outubro) – ainda maior frente ao observado no mesmo período de 2018.
Este cenário, por sua vez, está relacionado ao fato de que a queda do valor das importações foi inferior à das exportações – enquanto houve recuo de 7% na entrada da fruta em âmbito nacional, a redução nos ganhos obtidos com os embarques internacionais do Brasil foi de 19%. Vale lembrar que as exportações foram menores no período, em decorrência da quebra de safra da variedade gala e dos maiores calibres.
Para os últimos meses deste ano (novembro e dezembro), a tendência é de que a balança comercial de maçã fresca continue negativa, tendo em vista a maior entrada de frutas importadas no período. Porém, o quão negativa? Isso vai depender do comportamento de três fatores: do dólar (que pode seguir limitando a entrada de frutas importadas), da demanda doméstica (que costuma priorizar frutas importadas no fim de ano) e da oferta internacional.
DESTAQUE – Mesmo diante do observado, as exportações brasileiras de maçã fresca foram recordes para o mês de outubro, na série histórica da Secex (iniciada em 1997). O volume embarcado foi 17 vezes superior ao de setembro e 93% deste total, destinado a Portugal – sendo o restante, enviado para outros 39 países.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex