Piracicaba, 25 – A safra de maçãs 2018/19 tem se mostrado diferente das demais: apesar da menor disponibilidade de frutas, da boa qualidade e de calibres mais graúdos, os preços não têm reagido como o esperado. Isso porque a demanda está desaquecida – fator que tem preocupado agentes do setor nos últimos meses.
Porém, vale destacar que, como existe maior oferta de maçãs graúdas, que são mais valorizadas pelo mercado, a média de preços deste grupo deve ser maior neste ano, em comparação com a temporada 2017/18. Assim, a rentabilidade aos produtores e classificadores pode ser positiva.
Antes, a elevada quantidade de frutas miúdas – desvalorizadas em relação aos calibres mais graúdos – reduzia os preços recebidos por maleicultores. A situação, por sua vez, desestimulou novos investimentos no setor em 2018 (período em que produtores ainda se recuperavam dos baixos rendimentos da safra 2016/17).
EXPORTAÇÃO E INDÚSTRIA – Em relação ao cenário internacional, a perspectiva é de que as exportações sejam menores nesta temporada. A possível quebra, aliada aos preços não atrativos no mercado externo, têm feito com que maleicultores foquem no interno. As importações também não estão se destacando, visto que as cotações de maçãs importadas estão superiores às das nacionais.
Quanto à indústria, as expectativas são de menor recebimento de frutas na temporada. A elevada qualidade de maçãs da safra 2018/19, bem como a menor colheita, fazem com que o número de frutas de descarte (as quais são destinadas ao processamento) seja menor. Porém, é possível que as maçãs de variedade fuji desenvolvam podridão carpelar ao longo da permanência em câmaras frias, o que pode elevar a porcentagem de destinação à indústria no segundo semestre de 2019.
Fonte: hfbrasil.org.br