Piracicaba, 09 – Apesar de não alcançarem os bons patamares do ano passado, as exportações brasileiras de maçã se recuperaram em maio frente a abril. De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o volume embarcado foi de 14,2 mil toneladas no período, aumento de 19% em relação a abril. Já a receita cresceu 16% na mesma comparação, somando US$ 9,6 milhões (FOB).
Destaca-se, ainda, que houve uma mudança nos compradores da fruta brasileira em maio, com maior participação europeia e menor dos países asiáticos. No mês, os principais destinos foram: Rússia (39%), Portugal (13%), Reino Unido (12%), Bangladesh (11%) e Irlanda (10%), segundo a Secex. Esse resultado pode estar relacionado ao menor estoque da Europa, que também reduziu seus envios à Rússia, e à recente flexibilização das medidas de isolamento em alguns países do continente.
IMPORTAÇÕES – Em contrapartida, as aquisições de maçã recuaram em maio frente abril, o que pode estar relacionado ao encerramento da colheita nacional, que aumenta a oferta doméstica, e ao elevado patamar do dólar. Assim, as importações totalizaram apenas 4 mil toneladas em maio (-41% frente a abril) com gasto referente a US$ 3 milhões (FOB) (-44%).
No período, os principais fornecedores ao Brasil foram Chile (57%) e Argentina (43%). Vale apontar que a Argentina tem perdido espaço no mercado europeu, devido aos problemas de qualidade, resultado da descapitalização do setor – e, por isso, tem direcionado maiores volumes ao Brasil, a preços inferiores.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex