Piracicaba, 06 – Em 2021, classificadores brasileiros de maçã, sobretudo os de médio e grande portes, têm olhado as exportações da fruta fresca com outros olhos. Isso porque, segundo entrevistas realizadas pelo Hortifruti/Cepea, existe receio de como o mercado interno irá reagir ao maior volume colhido no período e aos impactos da covid-19 na economia e no funcionamento de algumas atividades.
Assim, parte dos agentes pretende aumentar os embarques neste ano, podendo ultrapassar, no total, os bons resultados de 2020, quando o volume exportado de maçã fresca foi de 62,5 mil toneladas – conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse maior foco no comércio internacional poderia, segundo eles, "aliviar" a oferta nacional e possibilitar remunerações mais atrativas ao setor, já que há boa demanda dos países asiáticos e europeus e a taxa de câmbio do dólar está elevada.
Contudo, os recentes problemas na logística marítima podem ser fatores limitantes para as atuais projeções. Nos portos utilizados pelos exportadores de maçã brasileiros, que se concentram no Sul e no Sudeste, agentes relataram problemas com falta de contêineres, o que tem atrasado os embarques desde março e até interrompido os planejamentos – no geral, está sendo possível manejar a situação, mas, caso persista em abril, o cenário pode mudar. O Hortifruti/Cepea continuará acompanhando este entrave e uma análise mais concreta dos impactos será publicada nos próximos meses.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex