Piracicaba, 05 – A colheita de maçãs da safra 2019/20 começou a ganhar ritmo em Fraiburgo (SC) e em Vacaria (RS) nesta semana (03 a 07/02) – e deve se intensificar a partir da segunda quinzena deste mês, com a chegada de São Joaquim (SC). Isso porque, como a oferta nacional está bastante limitada, muitos produtores optaram por adiantar a colheita para aproveitar o período de bons preços. Mas, vale destacar que a safra ainda está com quase duas semanas de atraso.
Até o momento, a maior concentração das maçãs está entre os calibres médios e miúdos, o que deve marcar o perfil da fruta neste ano. Com relação à categoria, apesar da boa disponibilidade de Cat 1, a oferta de Cat 3 também está elevada, pelo menos neste início da safra – em decorrência da colheita de maçãs que, apesar de maduras, ainda estão com coloração pouco satisfatória e, até mesmo, "verdes".
Além disso, estimativas inicias apontam que a safra deve ser similar à anterior em volume, porém, com maior oferta de gala e menor de fuji (devido à alternância).
E o que esperar dos preços para 2020? A menor oferta de graúdas deve garantir melhores remunerações a esses calibres, invertendo o cenário observado no ano passado (em que a valorização das miúdas foi mais intensa). Ademais, o maior volume de maçãs de calibres menores pode favorecer as exportações para mercados que têm maior preferência por esse perfil (como Bangladesh e Irlanda), "aliviando" a disponibilidade doméstica e sustentando a rentabilidade positiva ao setor – já que, no mercado interno, tais frutas não têm preços muito remuneradores. Contudo, a temporada está em seu período inicial e muitas mudanças ainda podem ocorrer.
Fonte: hfbrasil.org.br