Piracicaba, 13 – Na parcial do ano (janeiro a julho), a entrada de maçãs frescas ficou limitada no Brasil, sendo registrado o menor gasto com importações da fruta nos últimos seis anos (desde 2013). De acordo com a Secretária de Comércio Exterior (Secex), o volume importado da fruta foi de 33,7 mil toneladas, queda de 3% frente ao mesmo período do ano passado. Os gastos se reduziram ainda mais: 7% na mesma comparação, somando apenas US$ 31,5 milhões (FOB).
Em parte, esse resultado pode estar associado aos menores fornecimentos do Chile e da Argentina, alguns dos principais exportadores da fruta ao Brasil – já que o setor de maçãs nesses países passou por dificuldades neste ano. Vale ressaltar que os bons preços domésticos "seguraram" a fruta no mercado interno, deixando menos espaço para as maçãs importadas no período.
Mas, o que esperar para os próximos meses, com o início da temporada europeia? Ao contrário das expectativas iniciais, o novo prognóstico da WAPA (Associação Mundial de Maçãs e Peras) indica que a produção na Europa terá um decréscimo de até 20% neste ano – resultado das intempéries climáticas em alguns países do continente ao longo do período de brotação e frutificação.
Contudo, há exceções: França, Espanha e Portugal podem contrariar este cenário e aumentar o volume colhido nesta campanha, segundo notícias veiculadas no Fresh Fruit Portal e no Fresh Plaza. Vale destacar que estes três países são alguns dos maiores exportadores da Europa ao Brasil – e, apesar de existir a possibilidade de incremento dos envios, é mais provável que as frutas sejam destinadas de forma mais expressiva ao continente europeu, tendo em vista a "quebra" de safra dos principais produtores de maçã da Europa.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex