Piracicaba, 21 – Após a comercialização lenta das maçãs em março, a expectativa é de que o mercado seja mais aquecido em abril. Neste mês, no geral, a grande oferta de gala – sobretudo as de calibre miúdo – tem prejudicado o escoamento dos estoques, de acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea. Pequenos produtores, que também possuem frutas de qualidade, têm comercializado a preços mais baixos em comparação com os de classificadores maiores, de modo que acabam pressionando o mercado. A queda das cotações pode prejudicar a recuperação da rentabilidade, dado que os valores recebidos com as vendas no ano passado estiveram, até mesmo, abaixo dos custos de produção.
Para abril, a intensificação das exportações da maçã gala e o fim da colheita da variedade podem proporcionar uma leve recuperação dos preços no mercado interno – a oferta de fruta classificada pode ser menor no período.
Característica da safra 2017/18 – A safra 2017/18 de maçã tem se destacado, principalmente, pela característica miúda e de boa qualidade das frutas. Por conta disso, maleicultores afirmam que pode ser uma temporada difícil de vendas, dado que muitos compradores têm preferência por maçãs mais graúdas.
Em relação à fuji, que começou a ser colhida neste mês, as maçãs também vêm apresentando calibres mais miúdos em comparação com a safra 2016/17. Portanto, maleicultores, assim como da gala, estimam que o volume da fuji da safra atual também deve ser menor que o da anterior.
Boa parte dos produtores estão optando por armazenar as maçãs fuji neste início de colheita, para comercializar mais adiante – quando os estoques de gala já estiverem menores. Dessa forma, os preços têm se mantido em bons patamares frente aos de mesmo período do ano anterior.
Fonte: hfbrasil.org.br