A disponibilidade de banana prata anã deve aumentar no final de março nas regiões do norte de Minas Gerais e de Bom Jesus da Lapa (BA), principais produtoras da variedade. No entanto, a oferta ainda deve seguir de baixa a moderada até a metade do ano, permitindo bons preços, mesmo que menores frente ao primeiro bimestre. Em fevereiro, a prata foi vendida, em média, a R$ 2,26/kg no Norte de Minas Gerais, alta de 5% frente a janeiro, sendo o maior patamar nominal de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2001 para este produto, e superando o recorde que, até então, havia sido observado em janeiro/16. O começo deste ano foi marcado pela baixa produtividade nas roças de prata anã – alguns produtores relataram, inclusive, que a oferta não supriu a demanda no período. Com isso, as cotações atingiram patamares recordes. A maior qualidade da fruta a ser disponibilizada a partir deste mês, por sua vez, pode limitar as quedas nos preços da prata. Bananicultores de Minas Gerais e da Bahia estão animados com a qualidade neste ano, que tem sido favorecida pelo clima. Vale lembrar que, no ano passado, a baixa qualidade da fruta pressionou as cotações – geralmente, a prata anã se destaca pela qualidade diferenciada frente à prata litoral e, como o clima foi desfavorável em 2015, ambas concorreram pelos mesmos compradores naquele ano. Já a banana prata litoral deve continuar com qualidade semelhante à do ano passado. Picos de oferta para a banana prata, de um modo geral, são esperados apenas para o segundo semestre.
Fonte: Hortifruti/Cepea