Piracicaba, 1° – Apesar dos entraves na logística aérea, devido à pandemia de covid-19 (durante as fases mais críticas), as exportações brasileiras de mamão ainda foram relativamente "positivas" em 2020. Isto porque a queda registrada nos envios foi menor do que a prevista inicialmente, diante da recuperação gradual dos voos e da boa demanda internacional.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o ano fechou com 43,7 mil toneladas embarcadas, quantidade apenas 1% inferior à do ano anterior, e US$ 42,63 milhões (FOB) em receita, queda de 10% na mesma comparação. Destaca-se que, apesar do recuo, a valorização do dólar frente ao Real ainda favoreceu o ganho do exportador.
Mas, quais são as perspectivas para 2021? Agentes entrevistados pelo Hortifruti/Cepea até esperavam boas exportações brasileiras de mamão neste ano, visto a possibilidade de demanda internacional consistente, boa produção nas principais regiões e atenuação dos efeitos da pandemia na logística.
Porém, com o avanço da nova variante da covid-19 no Brasil, países europeus, que são os principais compradores – como Portugal, Reino Unido e Holanda –, anunciaram novas restrições na chegada de voos do Brasil. Este cenário tem preocupado bastante os exportadores, que preveem redução da quantidade de voos e, consequentemente, do volume enviado nas próximas semanas.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex