Piracicaba, 24 – Na parcial deste ano (janeiro a agosto), a baixa oferta nacional de mamão limitou as exportações da fruta. O volume comercializado internacionalmente foi de 28 mil toneladas no período, quantidade 2% inferior à do mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em relação à receita adquirida, a queda foi de 11% na mesma comparação, totalizando U$S 31 milhões (FOB).
Considerando-se apenas agosto, os envios foram ainda menores. O volume embarcado, no período, foi de apenas 2,8 mil toneladas, o menor registrado em 2019 e 20% inferior ao de agosto do ano passado – este último, inclusive, foi recorde para o mês na série histórica da Secex (desde 1997). Além da oferta, que ainda estava baixa no período, a qualidade das frutas também limitou as exportações, já que muitos produtores relataram maior incidência de manchas fisiológicas, doenças fúngicas e calibres desfavoráveis.
Para os próximos meses, agentes das principais regiões exportadoras de mamão esperam que o aumento da oferta nacional, que se iniciou em setembro e deve permanecer até novembro, seja favorável aos envios internacionais. Além disso, a possível retomada da qualidade das frutas, devido à melhora nas condições climáticas, deve ser positiva neste sentido. Os recorrentes surtos de Salmonella nos mamões mexicanos também pode favorecer a comercialização da fruta brasileira no Estados Unidos, já que existe certo receio quanto à origem do produto.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex