Piracicaba, 23 – Com a maior parte da produção localizada no semiárido, a cultura do mamão tem sido fortemente afetada pela estiagem ao longo dos anos – o que não foi diferente em 2017. Com isso, para reverter ou melhorar a situação hídrica, produtores têm registrado maiores custos de produção, devido ao uso de tecnologias que visam minimizar os impactos da seca na produtividade.
No sul baiano e no litoral potiguar, porém, as chuvas observadas neste ano foram consideráveis e, apesar de ainda estarem abaixo da normal climatológica, já auxiliaram na irrigação das roças e serviram de alento aos produtores. Contudo, a maior umidade aumentou, também, a incidência de doenças fúngicas e viroses, impactando negativamente nos custos.
PREVISÃO – Para as regiões que ainda sofrem com a seca, a agência NOAA (Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia) reafirma que o desenvolvimento de um La Niña, de fraca intensidade, tem a possibilidade de ocorrer entre 55% e 66% ao longo do verão. Com isso, como o La Niña é um fenômeno climático de resfriamento fora do normal das águas superficiais do Oceano Pacífico, chuvas mais frequentes podem ocorrer no semiárido brasileiro.
Caso o cenário se concretize, produtores devem ficar atentos à qualidade da fruta – visto que os baixos preços registrados neste ano podem afetar o número de pulverizações e, consequentemente, a qualidade da produção e das frutas.
Fonte: hfbrasil.org.br e NOAA