Piracicaba, 17 – Neste ano, mamocultores têm enfrentado desafios na produção de mamão em todas as regiões acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Dentre eles, estão o elevado custo de produção, a instabilidade do mercado, as intempéries climáticas e os problemas fitossanitários – veja, a seguir, como estes últimos afetaram diretamente a produção e a qualidade da fruta comercializada no período.
No Norte do Espírito Santo e no Sul da Bahia, por exemplo, houve aumento da incidência de viroses (mosaico e meleira) neste ano, que está encurtando a vida útil e pressionando a produtividade das lavouras. Em outras regiões, a presença dessas doenças também foi relatada. É importante ressaltar que, como as viroses não possuem tratamento, produtores devem realizar a erradicação das plantas infectadas (prática de roguing) para que o problema não se alastre e, consequentemente, se agrave.
Por outro lado, no Norte de Minas Gerais e no Oeste da Bahia, o desafio mais relatado por produtores foi o clima seco – pouco chove nestas regiões desde maio. Como resultado, a incidência de ácaros aumentou, acarretando na maior presença de manchas fisiológicas e frutas carpelóides (deformação conhecida popularmente como cara-de-gato). Para os próximos meses, a possível retomada das chuvas nas lavouras norte-mineiras e oeste-baianas pode ser positiva.
Já no Rio Grande do Norte/Ceará, o grande volume de chuvas resultou em problemas com doenças fúngicas neste ano – houve elevada incidência de corynespora, phytophthora, pinta-preta e antracnose –, que foram responsáveis, inclusive, pela maior aplicação de defensivos e pelo aumento no custo de produção. O segundo semestre, contudo, já vem registrando menores precipitações, o que pode limitar a presença de doenças.
Fonte: hfbrasil.org.br