Piracicaba, 10 – O ano de 2019 chegou com diversos desafios para a mamocultura nacional, sendo o clima o principal responsável pela situação. Enquanto o grande volume de chuvas aumentou a incidência de doenças fúngicas no Rio Grande do Norte/Ceará, por exemplo, as altas temperaturas e a escassez de precipitações aumentaram a presença de ácaros (assim como da mancha fisiológica) na produção do Norte do Espírito Santo e do Sul da Bahia – fatores que afetaram o padrão de qualidade da fruta.
No Oeste da Bahia, uma situação ainda mais agravante tem sido observada: segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a incidência de viroses, principalmente a do mosaico-do-mamoeiro, aumentou na região neste ano. Bom Jesus da Lapa (BA), por sua vez, foi apontada como a área mais afetada, já que o cultivo de cucurbitáceas (plantas que servem de hospedeiras para o vírus) ocorre nas proximidades da produção de mamão. Vale ressaltar, também, que a fiscalização estatal quanto ao controle dessas doenças não tem demonstrado eficácia, conforme agentes.
Como as viroses não possuem tratamento, sendo necessária a prática do "roguing" (corte/remoção das plantas afetadas pelo vírus com objetivo de reduzir a velocidade de infestação da doença), mamocultores devem se atentar e realizar vistorias em suas áreas, para que o problema não se agrave e gere ainda mais prejuízo. De acordo com produtores do Oeste da Bahia, o mosaico já foi um grande problema em 2012, quando reduziu a produtividade das lavouras da região e resultou na realização de um vazio sanitário.
Fonte: hfbrasil.org.br