Piracicaba, 28 – Ao contrário do indicado, o recuo nas exportações brasileiras de mamão foi menos expressivo neste ano (após revisão dos dados disponíveis na Secex). Contudo, os motivos para a queda continuam os mesmos: a menor disponibilidade de havaí nas roças, os bons preços observados no mercado interno e a limitada qualidade no período chuvoso – em especial no Rio Grande do Norte/Ceará, onde o entrave diminuiu consideravelmente a exportação, principalmente por via marítima. Além das chuvas, a qualidade inferior da água disponível também impactou na menor durabilidade da fruta potiguar/cearense.
Assim, entre janeiro e abril, 15,17 mil toneladas de mamão foram enviadas pelo Brasil a todos os destinos, volume 3% inferior ao do mesmo período do ano passado, de acordo com a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Já a receita acumulada foi de U$S 17,30 milhões, valor 7% maior na mesma comparação.
Neste mês, restrições na demanda externa ainda devem ocorrer, devido à chegada da primavera no hemisfério Norte, aumentando a disponibilidade de frutas locais nos Estados Unidos e nos países europeus. Assim, os embarques podem seguir moderados, em especial à União Europeia (maior consumidora do mamão brasileiro). Vale lembrar que a recente greve dos caminhoneiros também tem impactado nos embarques nacionais – já que muitas frutas não conseguiram chegar aos portos nos últimos dias.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex