Piracicaba, 26 – As exportações brasileiras de mamão, que vinham registrando limitados embarques no início do ano, estão se recuperando, por conta da manutenção da qualidade da fruta nos últimos meses – em decorrência das chuvas mais distribuídas.
Com isso, os envios totalizaram 21,67 mil toneladas no primeiro semestre de 2018, queda de apenas 1% em relação ao mesmo período de 2017 – deste total, cerca de 90% corresponde aos embarques à União Europeia, que se mantém como a maior consumidora do mamão brasileiro, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Já a receita somou US$ 27,3 milhões, valor 15% superior na mesma comparação.
Ainda neste período, o Espírito Santo permaneceu como principal estado exportador da fruta, correspondendo a 41% do volume total. Além do estado capixaba, a produção de mamão destinada ao mercado externo também está concentrada no Rio Grande do Norte, no Ceará e na Bahia.
A principal via de destino continua sendo a aérea neste semestre, correspondendo a 38,7% do volume total exportado. Isso porque o mamão é uma fruta de característica frágil e de curta vida útil, devido à elevada perecibilidade. Assim, os embarques aéreos conferem menor tempo de viagem e mantêm a qualidade durante o transporte.
Conforme colaboradores do Hortifruti/Cepea, o retorno financeiro obtido pelas exportações tem sido favorável neste semestre e pode continuar assim ao longo de 2018 – tendo em vista a previsão de manutenção do dólar acima de R$ 3,50. Em contrapartida, o custo de produção pode ser afetado por uma possível alta do dólar e pelo tabelamento do frete (que pode limitar o ganho do produtor).
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex