Piracicaba, 16 – A boa demanda internacional favoreceu as exportações brasileiras de mamão em fevereiro, as quais registraram aumento em relação a janeiro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os envios totalizaram 4,23 mil toneladas no mês, quantidade 12% superior na comparação com o período passado. Já a receita arrecadada foi de US$ 4,14 milhões, alta de 11% no mesmo comparativo.
A procura continuou vindo principalmente da União Europeia, que comprou 73% do volume total exportado pelo Brasil em fevereiro. No entanto, também houve importante melhora da participação do Mercosul – a qual, mesmo que ainda baixa, de apenas 7%, tem se mostrado como uma boa saída ao setor, devido à logística menos travada e à possibilidade de frete retorno. Ainda, segundo a Secex, os envios ao bloco aumentaram em 66% frente a janeiro, puxados, sobretudo, pela Argentina.
E quanto a fevereiro do ano passado? Os números estão um pouco menores, por conta de os voos internacionais continuarem restritos, visando frear o avanço das novas variantes da covid-19 presentes no Brasil. Assim, os poucos voos disponíveis estão com elevados valores de frete. Destaca-se que, atualmente, boa parte está sendo exportada por aviões cargueiros – que demoram mais para serem preenchidos e, portanto, prejudicam o embarque de produtos muito perecíveis.
Para março, exportadores acreditam que os envios podem ser limitados pela baixa oferta de mamão nas principais regiões produtoras, enquanto, para abril, a chegada da primavera europeia pode aumentar a disponibilidade de frutas locais, sendo preferidas pelo menor preço frente às importadas exóticas – como é o caso do mamão.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex