Piracicaba, 15 – Apesar de as principais regiões produtoras de mamão se concentrarem no semiárido (quente e predominantemente seco), o inverno deste ano trouxe temperaturas baixas nas lavouras, principalmente no período da noite. Mas a intensidade do frio se difere dentre as praças produtoras por conta da localidade – em alguns locais, ainda está relativamente quente, enquanto, noutras, o clima está mais ameno. Como resultado, o processo de maturação da fruta se reduziu desde o início da estação.
Este cenário é favorável de maneira que a fruta tenha um maior tempo de desenvolvimento, podendo alcançar maiores calibres, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea – diferente do observado no primeiro semestre/19, quando o grande volume de miúdos se tornou um grande desafio aos produtores da variedade havaí. Vale ressaltar que os menores calibres decorreram das maiores temperaturas na primeira parte do ano, que aceleraram a maturação e a colheita.
Em contrapartida, alguns "gargalos" também estão sendo observados. Houve relatos por parte de produtores de que a incidência de mosaico e meleira está aumentando, principalmente no Norte do Espírito Santo e no Sul da Bahia, limitando a produtividade e a vida útil das lavouras. Além disso, a menor umidade do ar (que aumenta a incidência de ácaros) e a elevada amplitude térmica podem aumentar a ocorrência de manchas fisiológicas nas frutas, prejudicando a qualidade e afetando a comercialização.
Fonte: hfbrasil.org.br