Piracicaba, 17 – A produção brasileira de mamão esteve elevada nas principais regiões produtoras no mês passado, cenário que poderia ter favorecido as exportações nacionais da fruta. Porém, as novas restrições na logística aérea internacional, sobretudo por parte dos países da Europa – principais compradores do mamão brasileiro –, limitaram os envios no período.
Em janeiro/21, o volume exportado pelo Brasil foi de 3,78 mil toneladas, queda de 15% em relação a dezembro/20 e de 10% frente a janeiro/20, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Vale destacar que os envios em janeiro e dezembro do ano passado foram recordes, em quantidade embarcada, para estes meses.
As restrições logísticas, vale lembrar, se dão como medida de combate à expansão da nova variante do coronavírus identificada no Brasil. Assim, houve limitações e/ou paralisações de voos comerciais para Holanda, Espanha e Portugal, por exemplo – países que, juntos, compraram quase metade do volume total de mamão exportado em 2020.
No mês passado, ainda de acordo com a Secex, os principais estados exportadores foram: Espírito Santo, responsável pelo envio 49% do volume total, Rio Grande do Norte, com 18%, e Bahia, com 15% – dinâmica semelhante à do ano passado, com exceção da participação do RN, que era um pouco maior.
Agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea relataram que, até que essas restrições permaneçam ativas, as exportações brasileiras de mamão poderão ser impactadas. Na Espanha e em Portugal, por exemplo, as medidas de controle foram prorrogadas até o início de março, segundo agências de notícia.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex