Piracicaba, 15 – Produtores de mamão acreditam que o clima mais seco e as temperaturas elevadas no semiárido brasileiro (devido à elevada possibilidade de o El Niño ocorrer – 70% de chances no verão 2018/19), onde estão localizadas as principais regiões produtoras da fruta, podem aumentar a incidência de ácaro nas roças neste fim de ano.
Essa praga, que é uma das que mais afeta a mamocultura, causa a desfolha das plantas – o que reduz a área fotossintética e deixa os frutos mais expostos ao sol, aumentando a ocorrência de manchas nas cascas, desvalorizando-os. Este cenário pode refletir, inclusive, no bolso do produtor, que terá de intensificar as pulverizações para controle da praga, o que pode contribuir para o aumento no custo de produção.
Além disso, colaboradores do Hortifruti/Cepea relataram que, em épocas mais quentes, a presença da carpeloidia (deformação da fruta) também pode se intensificar, assim como o abortamento da florada – este último relacionado ao estresse do aquecimento e da baixa disponibilidade de água nas áreas de produção. Por isso, mamocultores do Norte de Minas Gerais, Oeste da Bahia e Rio Grande do Norte devem ficar atentos, visto que a situação hídrica é mais complicada nestas praças.
Fonte: hfbrasil.org.br