Piracicaba, 19 – As expectativas iniciais para as exportações de mamão em 2018 são de menores volumes frente aos de 2017, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. O possível resultado pode ser influenciado pela menor disponibilidade de havaí nas roças e pela limitada qualidade observada no período chuvoso.
Em janeiro/18, por exemplo, precipitações significativas nas regiões produtoras resultaram na queda da qualidade da fruta e no menor volume embarcado – apenas 1,85 mil toneladas de mamão foram enviadas a todos os destinos, montante 51% inferior ao do mesmo mês de 2017, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), com manutenção da via aérea como a principal forma de transporte.
A União Europeia tem assegurado demanda constante, devido à popularidade das frutas tropicais no bloco. Desta maneira, é importante que produtores brasileiros voltem suas atenções ao padrão de comercialização internacional, visando manter a boa reputação da fruta brasileira no exterior.
O ano passado, por sua vez, fechou com embarques positivos, mas longe do recorde de 2015, devido às quedas sucessivas no segundo semestre do ano. Agentes consultados indicam que o limitado padrão de comercialização da fruta pode ser um dos principais motivos, pois os preços abaixo do custo de produção na maior parte do ano desestimularam cuidados preventivos em algumas roças.
De acordo com a Secex, o volume exportado pelo Brasil entre janeiro e dezembro/17 foi de 39,11 mil toneladas da fruta, 3,1% superior ao embarcado em 2016, mas 1,7% inferior ao recorde de 2015. Ao comparar apenas o segundo semestre, a queda é superior a 20% frente ao mesmo período de 2015.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex