Piracicaba, 20 – A safra de manga do Peru, que normalmente ocorre de novembro a março, se iniciou com atraso em 2017/18. As primeiras frutas, que costumam ser enviadas aos Estados Unidos, chegaram ao país norte-americano apenas na última semana de novembro e em volumes bem menores do que no ano anterior, segundo o National Mango Board, devido a fatores climáticos.
Da mesma forma, as exportações à União Europeia também começaram um pouco mais tarde, e podem se estender além do período de costume, segundo o portal Fresh Plaza. Este cenário é benéfico tanto para o Peru quanto para o Brasil, pois diminui a concorrência entre estes dois países.
No caso do Brasil, o pico de colheita ocorre no segundo semestre – ou seja, concorre com o país vizinho, principalmente entre novembro e dezembro. Nesta safra, devido ao baixo volume disponível no Peru, essa concorrência foi minimizada. Já para os peruanos, o cenário também foi positivo, visto que o país consegue atender à demanda europeia com maiores volumes, justamente em um período de pouca expressividade da fruta brasileira.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram enviadas à União Europeia 14,79 mil toneladas de manga brasileira em dezembro, enquanto no mês seguinte, apenas 3,72 mil toneladas foram exportadas ao bloco. Apesar da grande diferença, os embarques brasileiros seguiram firmes em janeiro – a queda no volume é natural para o período, por conta da menor oferta.
Para o primeiro semestre de 2018, exportadores brasileiros planejam aumentar os envios à medida que os peruanos vão se retirando do mercado. Enquanto isso, o mercado interno pode absorver a oferta nacional, já que o volume ofertado por regiões produtoras ainda é baixo.
Fonte: hfbrasil.org.br, Secex, Fresh Plaza e National Mango Board