Piracicaba, 4 - Após dificuldades climáticas, as primeiras mangas da região de Monte Alto/Taquaritinga (SP) começam a ser colhidas no começo de novembro. Nessas áreas a produtividade deverá ser limitada, frente às chuvas abaixo da média e temperaturas altas, desde o segundo semestre do ano passado, o que prejudicaram os pomares durante o período de floradas, por conta de estresses causados nas mangueiras. Além disso, o forte calor também limitou o pegamento da floração e o desenvolvimento dos frutos, reflexo do alto nível de abortamento ocorrido no período. Assim, as primeiras áreas do estado estão com oferta abaixo do esperado tanto para a palmer quanto para a tommy. Já com relação à fitossanidade, mesmo após as chuvas recentes que acometeram a região, ainda não houve aumento dos focos de bacteriose. Contudo, conforme previsões da Climatempo, o aumento esperado nas chuvas pode vir a inverter este cenário nas próximas semanas, e, portanto, merece maior atenção dos produtores. Por fim, no que diz respeito à disponibilidade da fruta no estado paulista, as perspectivas são de que as atividades de colheita comecem a aumentar gradativamente nos próximos 20 dias, mas ainda em volume reduzido e frutas de menor calibre. As perspectivas são de um início mais focado na tommy, sendo que, à medida que as atividades avançarem, São Paulo passará também a ofertar a palmer. Deste modo, por conta dos entraves climáticos no início do inverno, as perspectivas são de baixa produtividade, podendo ocorrer significativas quebras de safra na praça. Todavia, mesmo com perspectiva de oferta mais restrita, as cotações podem ficar abaixo do esperado, frente à expectativa de manutenção do volume na fruta no semiárido.
Fonte: Hfbrasil.org.br